Métricas para Web Analytics
No primeiro post desta série, fizemos uma introdução aos conceitos básicos de web analytics, trazendo uma base mais técnica para a compreensão desta prática tão necessária nos dias atuais. Sabemos que web analytics consiste na análise de diversos dados, tornando possível extrair métricas.
Métricas são uma forma de mensurar tendência, comportamento ou variável de negócio, permitindo medir e avaliar o desempenho de ações estratégicas de uma empresa.
Para dar continuidade a nossa série, hoje vamos falar sobre os principais dados que podemos extrair de um analytics, para que seja possível analisar estas informações para extrair as métricas que realmente importam e nortear as necessidades de um negócio.
Seja qual for o analytics que você tiver, será possível colher:
Nº de visitantes (Visitantes únicos ou usuários): Quantidade de pessoas que entraram no site, independente da quantidade de vezes.
Nº de visitas (Sessões): É a quantidade de vezes que o site foi acessado, sem levar em consideração a quantidade de pessoas.
Visualizações de página (Page Views): Quantidade de vezes que todas as páginas do site que foram visitadas.
Taxa de rejeição (Bounce Rate): É a porcentagem de pessoas que acessam apenas uma página do site e não continuam a navegação para uma segunda página.
Novas visitas (Porcentagem de novas sessões): Quantidade de visitantes (em determinado período) que estão visitando o site pela primeira vez.
Origens de tráfego: Quantidade de acessos por cada fonte de tráfego.
As principais fontes são:
- Direto: acesso ao site através da digitação do endereço no navegador, ou através dos favoritos.
- Refferal: acesso proveniente de sites de terceiros.
- Busca Orgânica: acesso através de buscadores que trouxeram visitantes por palavras-chave relevantes no seu site.
- Campanhas (CPC): É o tráfego pago. São todas as palavras-chave que trouxeram visitantes para seu site através de anúncios.
- Social: tráfego vindo através de redes sociais.
- E-mail: tráfego vindo através de email marketing.
Eventos (Tracking de eventos ou event tracking): Evento é um poderoso recurso em web analytics que pode ajudar a controlar comportamentos mais avançados dos usuários, como quantas pessoas baixaram um e-book, qual formulário de inscrição converte melhor, teste A/B on page, etc. Por ser algo mais complexo, dedicamos um post apenas para falar sobre esse tópico. Acesse “O que é rastreamento de eventos“.
Após compreendermos o que esses dados significam, o que fazer? Será que basta coletar estes principais dados e fazer um relatório quantitativo? Colocar em uma planilha e analisar a evolução mensal? Infelizmente não. Isso não é fazer web analytics que traga resultados. Mas não se preocupe, você está quase lá.
As métricas da vaidade e as métricas que realmente importam
Apenas coletar estes dados e analisar de forma quantitativa fará com que você caia em uma velha armadilha na prática de web analytics: as métricas da vaidade.
Medir o desempenho da empresa baseado apenas nos dados citados acima não tem utilidade real. São dados que na grande maioria das vezes nos deixam felizes, mas que não nos mostram a realidade.
Para fugir desta armadilha é preciso focar nos objetivos da empresa, pois cada ação terá um conjunto de métricas que validam seu real sucesso. Sabemos que o que qualquer empresa quer é vender, conseguir novas oportunidades de negócio e prosperar no mercado em que atua, e para tanto, devemos focar em métricas que realmente nos dizem se o negócio está indo bem.
Contudo, sabemos que é preciso focar no funil de vendas, para que o mesmo seja mais fluido, tenha boas taxas de conversão e que com isso a empresa possa vender mais. É aí que entram as Métricas para Piratas, que provêm dados relacionados a ações repetitivas desempenhadas pelos usuários, e que podem ser analisadas e aprimoradas para o bem da empresa.
Dave McClure, do grupo de investimento 500 Startups, criou as Métricas para Piratas, que nada mais é do que um framework que visa analisar o ciclo de vida através da conversão de clientes em 5 estágios: aquisição, ativação, retenção, referência e receita, formando assim a sigla “AARRR” (Grito do Pirata).
Para Dave, estas são as métricas que realmente importam:
- Aquisição: Acessos, retornos e fonte dos Acessos.
- Ativação: Subscriptions e compras.
- Retenção: Tempo de vida dos usuários, frequência de Retorno.
- Referência: Quem fala do seu produto, se fala bem ou mal, onde fala.
- Receita: Quantos usuários na conta gratuita, quantos pagando, quantos por tipo de plano.
O mercado está em constante mudança e não existe uma receita de bolo que garanta o sucesso, mas há métodos que permitem ganhar considerável vantagem. E é por isso que no próximo post iremos aprofundar o tema sobre as Métricas para Piratas. Sempre lembrando que métricas conferem à empresa uma maior segurança e visão interna e externa da posição atual e futura no mercado em que atua.
Confira nosso próximo post: Métricas para piratas →