Era outubro de 2017 e eu estava em uma rodoviária entre Campinas e Poço de Caldas, indo para o que seria o melhor Caipira Agil que eu ja tinha participado, conversando sobre processos na Taller, quando o nosso CTO, Sebastian Ferrari, me pediu para que eu catalogasse as métricas que usávamos para tocar a operação da empresa e analisar possíveis Kaizens. Eu não sabia, mas nascia ali o Dynamic Flow.
O trabalho na Taller estava indo para o terceiro ano e eu, naquele ano, já tinha assumido em maio a posição de COO e me tornara o responsável pelos processos da empresa. De Agile Coach para COO. Agora com mais skin in the game. Já tínhamos lançado o Custo Médio por Demanda e toda a empresa já rodava em um Fluxo Unificado coordenado de demandas. Elementos de maturidade 1 e 2 já estavam bem estabelecidos e o sistema girando bem. Resolvemos abrir a nossa vertical de consultoria.
O catálogo de métricas ia sendo construído, com seus estudos de caso e usos práticos, em aeroportos, nos hotéis e também em casa. O manuscrito começou a ganhar cara de livro. Então, com o feedback constante das pessoas na Taller, perguntando constantemente “por que esta métrica?”, “de onde ela vem?”, “entendi como usa, mas qual é a origem”, comecei a escrever a parte teórica, com os embasamentos para as métricas que usávamos.
Nesse mesmo período, nossa consultoria estava bombando e eu acabei exposto à contextos muito ricos e diversificados, como Easynvest, SmartFit, WI Digital, CIASC, e, como em toda consultoria eu fazia um diário de bordo, comecei a perceber uma semelhança muito grande entre os problemas desses clientes, mesmo em contextos completamente diferentes. Desdobrei os meus diários de bordo na parede do escritório em uma matriz cliente X dia e comecei a notar padrões acontecendo, quase sempre nos mesmos dias. Foi aí, que por volta de 2019, pensamos em colocar a “consultoria” para dentro do livro e finalmente os manuscritos viraram um projeto real que acreditávamos poderia ajudar a indústria de software nacional.
Mas ainda estava uma zona, as coisas não se conectavam de uma forma textual, mesmo com o apoio dos diários de bordo e eu, curioso da complexidade, começava a achar que o desenho do que na época chamávamos de “Governança Corporativa de Produtos Digitais” não era compatível com a emergência da complexidade.
Isso virou um fantasma real. Mas no mínimo, acreditávamos que teríamos um bom material interno para a Taller.
Em 2020 as interações com o Raphael Albino tinham aumentado muito e, pensando no grande respeito que nutro pelo seu background acadêmico bem misturado com a sua experiência na indústria, o convidei para participar do projeto e o objetivo era principalmente arrumar o que, naquele momento, era chamada de parte II, que era o catálogo de métricas, enquanto eu terminaria a parte I das teorias e das experiências das trincheiras das consultorias.
Depois de alguns meses tentando organizar o inorganizável, o Albino caiu de cabeça no projeto como um todo contribuindo demais com a parte teórica, com sua experiência de campo e, principalmente, começou a conectar as coisas e experimentar em seus ambientes, trazendo feedbacks valiosíssimos para o nosso livro. Além disso, trouxe um aspecto humano para a teoria, algo que quase sempre negligencio.
Nesse mesmo período, assistimos ao treinamento do Alisson Vale onde ele mencionou o trabalho do Forrester e do Sterman, que gerou um ebook e um webinar e definitivamente eliminou o fantasma do modelo em cima de ambientes complexos. É um modelo que gera modelos, exclamamos. A teoria e como isso pode ser útil para os gestores, virou o capítulo 2.
Em 2021 o Albino sugeriu que trouxéssemos o Alisson Vale para o time, a quem eu já tinha convidado para o prefácio e ele aceitou prontamente, preenchendo os gaps, conectando mais coisas e trazendo sua enorme experiência para o nosso humilde texto. Nesse contexto, durante o turbilhão de ideias, o Albino brilhantemente sugeriu que mudássemos o nome para Dynamic Flow. A partir de então tivemos interações semanais que deram uma guinada no livro e resultou na obra lançada no dia 22/05/2024.
O resto é história.
Esperamos feedbacks e melhorias e já estamos trabalhando no próximo projeto.
Se você se identifica com a busca por efetividade e inovação, e deseja elevar o nível dos seus produtos ou da gestão da sua empresa, “Dynamic Flow” é a chave para desbloquear novos horizontes. Convido você a mergulhar nas páginas deste livro, que é muito mais do que um manual: é um convite para repensar e remodelar a gestão do futuro.
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