A nova geração de CMS: Parte I
Sistemas de gerenciamento de conteúdo, mais conhecidos como CMS’s (da sigla em inglês “Content management systems”) permitem a organizações de todos os tamanhos editar e publicar conteúdo digital a partir de uma interface amigável (ou pelo menos deveriam). Os CMS’s vieram como a resposta para os gargalos técnicos, uma vez que eles permitiram que alguém não-técnico pudesse gerenciar o conteúdo.
No entanto, os primeiros CMS’s adotados como solução para este tipo de problema destinavam-se apenas a ajudar as empresas a recriar a sua imagem e conteúdos impressos como sites. Naquele momento, esta funcionalidade estática não era uma desvantagem, pois o conteúdo era pouco e estático.
Mas com a chegada da chamada “era digital”, o mercado se tornou algo ainda mais competitivo e os conteúdos demandaram atualização constante. CMS’s de segunda geração trouxeram uma gama de funcionalidades dinâmicas que permitiram às organizações criar verdadeiros “portais de auto-atendimento”, como serviços de banco online, e-commerce, sites de reserva de viagens on-line e muito mais.
No entanto, estas funcionalidades foram construídas em cima de tecnologias proprietárias que não foram planejadas e agora se encontram ultrapassadas. Dessa forma tornando quase impossível alterar o conteúdo rapidamente.
O modelo de negócio baseados em CMS’s que usam (ou usavam) tecnologias proprietárias começou a falhar e hoje pouco resta deste modelo que ainda realmente funciona para as empresas modernas. As empresas que usam software proprietário estão lutando para manter-se contra a concorrência pois gastam tempo, energia e foco demais lutando com seus sistemas legados.
1. Os problemas com sistemas legados
CMS’s legados foram desenvolvidos antes de interfaces digitais modernas, mobile based. Hoje, os fornecedores que venderam os sistemas originais (primeira geração) ainda estão tão ocupados com básico: manutenção de um software arcaico que traz como herança muitos bugs e total inabilidade para manter e gerir conteúdos modernos, destinados a novos dispositivos e um novo tipo de usuário. Por isso mesmo, estes fornecedores não têm o tempo ou a visão para entregar funcionalidades inovadoras que iriam atender às novas demandas de uma organização. Como resultado, essas organizações podem produzir apenas conteúdo estático, não conseguem entregar uma experiência de usuário moderna que mantenham o ritmo com as expectativas do mercado.
2. Os sistemas legados são caros
O investimento inicial em software proprietário é da ordem de milhares ou milhões de dólares e isso apenas gasto nas licenças. Após o investimento inicial, na maioria dos casos a cada ano os clientes têm de pagar cerca de 20% do total das taxas de licença para o acesso a serviços e suporte – utilitários que ainda não serão capazes de oferecer uma experiência de usuário moderna. Na verdade os clientes não estão pagando pela inovação, eles estão pagando a conta do suporte de uma tecnologia e fazendo um modelo de negócio de morrer. Pagar por este tipo de serviço, ano após ano não é apenas doloroso – ou inteiramente fora do alcance de pequenas, médias e organizações públicas – mas também drena a receita potencial, frustra seu público alvo e leva clientes para concorrentes mais inovadores.
3. Sistemas legados causam mais problemas do que resolvem
Fornecedores de sistemas legados já não podem manter-se alinhados com as noções básicas de novas interfaces. Para a maioria de seus clientes deve compensar a as deficiências dos sistemas legados com remendos, utilizando vários sistemas para gerenciar sua vida social, e-commerce e outros serviços. E sistemas legados ainda necessitam equipes com conhecimentos específicos nestes CMS’s legados para construir sites para novas campanhas, criando “webmaster gargalos” de semanas, meses ou anos. Na verdade, muitas organizações usam ainda uma outra camada de serviços para gerenciar solicitações de mudança web. Este modelo é um obstáculo para a colaboração, agilidade e crescimento para ambos os departamentos de marketing e de TI: Marketing não pode lançar novas campanhas, e não pode se concentrar em seus próprios objetivos críticos.
4. Sistemas legados limitam potencial
CMS’s legados são construídos em código proprietário, logo o seu potencial criativo e as possibilidades estão ligadas à tecnologias ultrapassadas do seu fornecedor e recursos limitados de desenvolvimento. Quando você realizar que seus fornecedores empregam em média, 50 desenvolvedores, você vai começar a perceber o quanto do seu potencial está diretamente ligado à qualidade desses poucos funcionários e ligados diretamente com a visão e viabilidade de um único fornecedor, que muitas vezes tem de atender as necessidades de sua empresa e muitas outras, não focando diretamente na sua necessidade pois não partilha por inteiro da sua visão de negócios.