Dica: Com trilha sonora este texto fica mais épico.
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Há muito tempo, numa galáxia muito, muito, distante…
A desordem reinava
nos projetos de redesign de interface.
O que era pra ser um trabalho prazeroso,
logo se tornou num inferno.
De um lado, designers incompreendidos,
puxando pixels noite a dentro.
Do outro lado, desenvolvedores impacientes,
tentado entender como aquele layout
iria funcionar nos smartphones.
Enquanto os gestores de projeto continuavam
a debater sobre quem era culpado pelo atraso no prazo inicial,
uma equipe de agilistas começou, silenciosamente,
um experimento que buscava resolver os conflitos
dos projetos de interfaces digitais…
O experimento evoluiu e deu origem à série Lean Redesign UI.
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Durante esses últimos meses, narramos o nascimento e desenvolvimento do novo site da Taller. Mais do que um processo de criação de interfaces digitais, essa jornada apresentou um caminho alternativo para quem deseja trabalhar de forma mais colaborativa. Clientes, gestores, desenvolvedores e designers unidos para entregar um trabalho coerente e dentro das expectativas iniciais.
Abrir o processo de criação foi uma experiência valiosas para nós. Queremos compartilhar os principais aprendizados com vocês.
(A série está acabando… ? )
Aprendizados valiosos sobre Lean Redesign
1# Redesigns são difíceis de priorizar quando competem com projetos de clientes, por tanto, transformá-los em um meta pessoal é fundamental para fazê-lo acontecer.
(A Mariana fez um texto explicando como funciona o nosso programa de metas e mentoria.)
2# Quando outras pessoas se sentem parte da criação, o compromisso com a entrega de resultados passa a ser coletivo. Então, não tente ter controle de tudo. Prefira confiar nas decisões das pessoas que te cercam.
Como diz o nosso jedi, e Agile Coach, Celso:
“Tenha em mente que cada vez que alguém fala a palavra “controle” o custo de coordenação aumenta.”
3# Coloque o seu lado político para atuar. Entenda que projetos com maior prioridade terão mais atenção, e não deixe-se desanimar com isso. Vincule o Lean Redesign a algum objetivo estratégico da empresa.
4# Situações desafiadoras nos arrancam da zona de conforto. Aproveite a oportunidade do redesign para aprender com pessoas de outras áreas. Principalmente com o comercial e o desenvolvimento. Essa é uma ótima oportunidade para colar no desenvolvedor e perder o medo de usar o Terminal; ou até, pedir para a galera do comercial explicar como funciona o CRM, assim o site pode facilitar o fluxo de vendas da empresa.
5# Não existe ajustezinho rapidinho.
Quanto mais conhecemos o trabalho das pessoas que nos cercam, maior a nossa noção do tempo e do esforço necessário que cada tarefa precisa para ser realizada.
6# Quanto maior a expectativa, maior o risco de frustração. Ao abrirmos o processo de criação e compartilharmos os avanços ficam claras as decisões que precisam ser tomadas para que o projeto avance.
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Resumindo, Lean Redesign é sobre cortar desperdícios, melhorar de forma contínua e transformar gargalos em fluxos. É sobre ser mais colaborativo e trabalhar de forma aberta. É priorizar o que importa. É entregar valor mais cedo e colher feedback ao longo do processo, não só no final.
É diminuir a pressão causada pela expectativa do resultado final.
E é, principalmente, sobre manter a saúde mental no ambiente de trabalho.
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Então, é isso pessoal!
Ficamos por aqui. Espero que desta série surjam as inspirações necessárias para você e sua equipe encontrem a melhor maneira de entregar trabalhos que satisfaçam a todos os envolvidos.
Grande abr…
O que é isso?!
Olhe.
Parece que…
tem cena pós-créditos!
(Achou mesmo que iríamos acabar assim, do nada, jovem padawan?)
Novos horizontes
O primeiro ciclo de entrega do projeto englobava a etapa de concepção até o lançamento do novo site. Como estamos em constante evolução, então as melhorias serão contínuas.
O mais importante neste momento de encerramento do primeiro ciclo, é encarar o site como um produto digital e aplicar os conceitos do desenvolvimento enxuto nele.
Planejar – Construir – Medir – Aprender – Planejar…
Além de revisar constantemente a comunicação textual e criar páginas complementares de acordo com a demanda (cases, vagas em aberto, nossa equipe…), temos outros desafios em mente:
1. Consolidar a arquitetura da marca Taller.
Uma marca forte transparece, em todos os seus pontos de contato, o porquê de existir. O site é um desses pontos e deve mostrar os pilares da empresa. Da cultura, aos serviços e produtos, tudo deve se encaixar de forma orquestrada. Esse é o desafio de estruturar a arquitetura da marca.
2. Dar vida a um sistema de design.
O guia de estilo foi o primeiro passo. Queremos criar diretrizes para que qualquer pessoa da empresa possa criar elementos da interface com consistência e qualidade. Do texto ao código. Do botão ao template.
3. Adaptar a metodologia para diferentes cenários.
O Lean Redesign funcionou muito bem para as necessidades e limitações do nosso time. No entanto, ainda é preciso adaptá-lo aos métodos de trabalho de outras equipes e contextos. Seguiremos fazendo experiências nesse sentido.
4. Difundir os conceitos do Lean Redesign com a comunidade.
Queremos que a semente plantada nesta série se espalhe. Compartilhe-a nas comunidades que você participa. Deixe brotar novas visões da discussão. Sinta-se dono do Lean Redesign e ajuste-o às suas necessidades.
“Que a força esteja com você!”
Fim.