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5 experimentos com métricas de interação que nos ajudaram a melhorar o nosso blog – e como você pode fazê-los por ai.

5 experimentos com métricas de interação que nos ajudaram a melhorar o nosso blog - e como você pode fazê-los por ai.

O blog da Taller é motivo de orgulho para nós, não só pelo conteúdo caprichado que a gente se puxa para fazer, mas também por ser nosso laboratório digital.

Aqui testamos conceitos e ferramentas de design e marketing digital, que posteriormente servem como case para outros projetos.

Em janeiro de 2016 fizemos uma mudança radical na organização, no layout e na estratégia de crescimento do blog. Junto com essas mudanças começamos a acompanhar de perto como os leitores interagem com nosso conteúdo, o que buscam e o que desperta mais interesse.

Indo além das métricas que indicam qual página é a mais acessada (pageview), buscamos entender o comportamento dos leitores à partir do que fazem (e não fazem) dentro das páginas de conteúdo. Sempre levando em consideração o respeito à privacidade e de forma menos invasiva possível. Até porque, também odiamos formulários que pulam na nossa cara pedindo feedback, e popups que surgem do nada. #ninguém_merece

Já escrevemos alguns posts sobre a importância de acompanhar as métricas que realmente importam para sites e blogs. Confira nossa sessão #métricas.

Hoje vamos compartilhar o que descobrimos ao olharmos uma métrica muito valiosa, e ainda pouco explorada aqui no Brasil: as métricas de interação.

O que são as métricas de interação

Vamos por partes. A Jojo escreveu uma definição que resume o que é e para que serve uma métrica:

“Métricas são uma forma de mensurar tendência, comportamento ou variável de negócio, permitindo medir e avaliar o desempenho de ações estratégicas de uma empresa.”

Elas não são restritas ao mundo digital. Por exemplo, uma tabela com o número de medalhas nas Olimpíadas é uma métrica para medir o desempenho esportivo de um país. Puxando para o contexto do blog, queremos saber se os leitores estão lendo e interagindo com nossos posts. Queremos saber também que tipo de conteúdo pode ser indicado no final de um texto para complementar uma jornada de leitura. A esse conjunto de dados coletados que indicam as ações conscientes e deliberadas dos nossos leitores demos o nome de métricas de interação.

Como é bom começar a tomar decisões com base em histórico e tendência, e não mais em achismos e opiniões pessoais! Não é à toa que o ciclo da startup enxuta (lean startup) deixa claro que o aprendizado só se completa após a análise de métricas do que foi construído.

Para que essas experiências fossem possíveis tivemos que usar nossa arma secreta.

 

 

Vou dar uma dica: tem um bigode estiloso e um chapéu maneiro.
Quem pensou no El Tracker, acertou! 😀

<jabá>
Pra quem ainda não conhece, o El Tracker é uma ferramenta criada aqui na Taller para nos ajudar a coletar métricas de interação (tracking de eventos é o nome técnico).

Diga oi para o pessoal, Pepe:

Quem quiser usar o El Tracker para começar a coletar métricas de interação, aproveite agora pois os primeiros 45 dias são gratuitos (mas talvez não sejam para sempre.)
Crie sua conta no El Tracker para poder realizar os experimentos a seguir.
</jabá>

O que a gente descobriu depois de coletar 6 meses de métricas de interação no nosso blog

Depois de instalar o El Tracker no nosso blog, escolhemos algumas hipóteses para descobrir. Neste texto vamos nos aprofundar em 5 delas:

Experimento #1 – Quais posts os leitores lêem até o final?

A ideia aqui era saber tirar a máscara do pageview. Será que os acessos estavam mesmo significando leitura do artigo? Para descobrir fizemos o seguinte:

1) Criamos uma regra no El Tracker que disparasse para o Google Analytics um evento toda vez que alguém chegava na foto do autor. Como essa foto fica no final do texto, é um indicativo que a pessoa percorreu o corpo de texto. Não é ideal ainda, mas pelo menos faz um filtro dos acessos de bots e crawlers.

2) No Google Analytics fomos em Comportamento > Eventos > Ações e filtramos pela descrição da regra “Chegou até o final do texto”.

?Resultado do experimento:
Descobrimos que nossos textos sobre #front-end são os que tem a maior taxa de leitura. Informação valiosa para montarmos o cronograma de conteúdos para o próximo semestre.

Experimento #2 – Clique para ir para a home: logotipo ou início?

Por mais que o logo no menu do topo já esteja estabelecido como padrão dos blogs, sempre ficamos com uma pulga atrás da orelha. Será que o pessoal descobre isso sempre, ou preciso criar um item no menu que sirva de atalho para pessoa ir para a home? Fomos descobrir:

1) Criamos duas regras no El Tracker: uma para o clique no logo e outra para o link “Início”.

2) Para que essa métrica não se misture com outras que temos, marcamos ela com um “(lab)” na frente. Assim fica mais fácil encontrá-la depois.

3) Filtramos no Google Analytics essa regra específica e comparamos o número de cliques.

?Resultado do experimento:
Clique no logo recebeu 4x mais cliques do que o “início” no menu.
Na próxima vez que alguém disser que o usuário não sabe que o logo é link, faça esse experimento. #Usuário_não_é_bobo

Experimento #3 – Alguém clica no nome do(a) autor(a)?

Em nosso blog antigo suspeitávamos que as pessoas gostariam acessar outros posts do autor que elas acabaram de ler. Para descobrir fizemos o seguinte:

1) Criamos uma regra no El Tracker para que fosse disparado um evento toda vez que alguém clicasse no nome do(a) autor(a). Nomeamos a regra como “clique no autor”

2) Filtramos no Google Analytics.

?Resultado do experimento:
Descobrimos que sim, muitos leitores têm o costume de clicar no nome do autor, mesmo ele não sendo um link. No blog atual esse vacilo não acontece mais. (Inclusive, faça o teste ao terminar de ler esse texto hehe)

Experimento # 4 – O que os usuários estão buscando – e que não existe no blog (ainda)?

Talvez alguns blogs façam essa tarefa automaticamente, mas no nosso caso, não sabíamos o que estava sendo procurado no nosso campo de busca. Essa informação é ouro pra gente, afinal, queremos criar conteúdo relevante para vocês.

A solução que encontramos foi:

1) Criar uma regra no El Tracker no campo de busca para que fosse disparado um evento para cada busca (submit).

2) Configuramos a regra para que a palavra “Busca:” viesse na frente da informação, assim conseguimos filtrar com mais facilidade lá no Google Analytics.

?Resultado do experimento:
O interessante de fazer isso no G.A. é que podemos saber, além dos assuntos procurados, em que página a busca foi feita. Descobrimos que tivemos busca pela palavra “gestão de pessoas” em um artigo sobre o Agile Trends. Tá ai uma oportunidade para criarmos um assunto que mescle esses dois temas. Muito massa isso! 😀

Experimento #5 – Qual banner converte mais: do lado ou no final?

Esse experimento faz a galera de marketing pirar.
Queríamos saber qual dos dois banners de chamada para download dos nossos e-books converteria mais: o que fica após o texto ou o que está na lateral do blog.

Pra descobrir fizemos assim:

1) Lá no El Tracker criamos uma regra que avisaria o Google Analytics toda vez que um banner fosse clicado.

2) Como o banner é uma imagem, tivemos que puxar uma informação que os diferenciasse. No caso, puxamos o alt (que é a descrição textual da imagem). Esse experimento para acontecer precisa que o alt seja configurado. Se esquecermos, a informação vem como “indefinida”. Poderíamos ter usado o endereço para onde o banner direciona (URL destino), mas não foi o caso.

3) No Google Analytics aplicamos um filtro para deixar visível apenas os eventos relacionados a este experimento.

?Resultado do experimento:
Nossos e-books foram mais baixados à partir do banner na lateral do blog. Por que isso acontece? Ainda não é possível saber. Mas nossa suspeita é que ele se destaca mais por ter menos concorrência visual, principalmente quando a barra da lateral esteve fixa, acompanhando a leitura.

Continuaremos nossos testes por aqui. Em breve compartilharemos outras descobertas.

E vocês, descobriram algum comportamento interessante analisando os blogs de vocês? Contem aí nos comentários.

Grande abraço!

Ítalo Mendonça
(@italomen)

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