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Lean Startup para empresas ágeis

Lean startup é um conjunto de filosofias, valores e técnicas para otimizar o processo de criação de novos produtos.

A idéia básica vem de alguns conceitos já conhecidos da industria, que são o Desenvolvimento de Clientes, Filosofia Lean e Software Open Souce. Mas Lean Startup também pode ser visto como a aplicação do Sistema Toyota de desenvolvimento de produtos para o mundo das startups.

O Lean é um antigo conhecido da industria, sendo muito famoso nos sistemas de produção em todo mundo. O conceito criado pela Toyota inicialmente foi conhecido como Just In Time, mas “just in time” era apenas uma peça dessa nova cultura, que também foi chamada de sistema Toyota de produção e após um aprofundado estudo do MIT sobre essa nova revolução, foi finalmente foi batizada de Lean.

Esse conceito não necessariamente precisa ser aplicado a startups. Algum tempo atrás, conversando Victor Kane, ele surgiu com um conceito muito interessante de que “todo projeto deve ser tratado como uma startup”. Isso abriu um leque de possibilidades na minha cabeça. Já meu amigo Jordano Gonzatto veio com a idéia de “levar os conceitos de startups para sua vida pessoal”. Todas essas misturas sempre me deixam empolgado.

A grande questão do lean é a eliminação de desperdício, nas fabricas isso é o estoque. Segundo Mary Poppendiek:

“o estoque no software é software incompleto, ou pior, software desnecessário.

Certa vez ouvi o Vinicius Teles falando que “existe uma grande diferença entre fazer certo alguma coisa, e fazer a coisa certa”. O pior desperdício é fazer perfeitamente algo que ninguém quer, é esse conceito que devemos ter em mente quando falamos de serviços.

Executar perfeitamente um serviço inútil é a maior forma de desperdício nessa área. Pode parecer bobagem, já que como empresa de serviços recebemos o dinheiro de qualquer forma. Mas se o projeto falhar é ruim para o cliente e ruim para a prestadora de serviço, pois nessa área sempre devemos pensar em relacionamentos de longo prazo.

Outra grande causadora de desperdício, principalmente para quem está trabalhando com outsourcing, é a separação dentre design e implementação. Esse é um exemplo que vemos se repetindo sem que alguns clientes consigam entender. Na biografia do Steve Jobs, ele conta como ficava frustrado ao ver um carro quase perfeito nas exposições e feiras de automóveis e depois de 5 anos, quando é colocado à venda, está totalmente inferior ao primeiro modelo.

Isso acontece pois no primeiro caso os designers criavam um carro conceito perfeito, mas quando chegava na implementação, os engenheiros viam que era impossível manter aquilo por questões de estrutura e segurança. Depois, o engenheiro de produção falava que era impossível fazer tais e tais funcionalidades em larga escala e aos pouquinhos, todo o brilho do carro sumia, assim, ele virava apenas mais um nas lojas.

É exatamente isso que acontece na criação de sites e sistemas hoje em dia. Um designer usa toda sua criatividade para criar interfaces lindas, mas que precisam de muito esforço para serem implementadas, além de ficarem pesadas, reduzindo a performance ou simplesmente não valendo o custo beneficio. Isso tudo pode ser evitado se toda a equipe trabalhar junto, definindo as restrições e problemas, bem como sugerindo modelos e tecnologias que o designer pode não conhecer.